Riscos associados aos procedimentos cirúrgicos bariátricos - visão geral
O índice de mortalidade no período de 30 dias de pós-operatório atualmente varia de 0,09% a 0,12%, números comparáveis à mortalidade por uma colecistectomia videolaparoscópica ou outras cirurgias como uma histerectomia.
De fato, as rotinas de internação e das equipes muito se assemelham a qualquer outro procedimento realizado em centro cirúrgico. As grandes diferenças estão no preparo com equipe multiprofissional no período perioperatório, a ênfase em cuidados de fisioterapia e os cuidados para prevenir tromboses. Os principais riscos são conhecidos e prevenidos pelas equipes. Alguns fatores ajudam a diminuir esse risco como a cirurgia ser por videolaparoscopia, gerando menos dano ao organismo, com menor resposta inflamatória por menor trauma tecidual, facilitando a mobilização precoce da cama e retorno mais precoce às atividade habituais. As rotinas incluem alimentação líquida no pós-operatório, deambulação precoce, fisioterapia, uso de meias elásticas e anticoagulantes para prevenir trombose e embolia pulmonar. Tem sido também evitado o uso de drenos como rotina, permitindo uma melhor mobilidade do paciente e menos dor no pós-operatório. A anestesiologia também avançou e hoje, com novas medicações e técnicas, o paciente tem menor uso de opióides, com menos risco de sedação residual e recuperação mais rápida da anestesia, o que permite iniciar de forma mais precoce a deambulação e exercícios de fisioterapia.
É importante ter uma boa equipe junto a você para esclarecer suas dúvidas e demonstar a segurança dos procedimentos. Ainda assim, se uma complicação ocorrer, é importante que o paciente saiba sobre sua existência para ajudar a reconhecê-la precocemente. Uma boa equipe cuida do paciente minimizando os riscos.